Não é verdade que, sozinho, o presidente da República Jair Bolsonaro gastou R$ 15,6 milhões em leite condensado em 2019, como afirmam fake news divulgadas nas redes sociais.
O valor corresponde ao custo anual com o produto alimentício em todos os órgãos do governo federal, não apenas a Presidência da República. Dos R$ 15,6 milhões, R$ 14,2 milhões foram empregados pelo Ministério da Defesa, o que pagaria, de acordo com a pasta, pela alimentação do efetivo de todas as Forças Armadas.
A distorção tem sido propagada nas redes sociais em postagens que sugerem que o gasto seria um indício de corrupção de Bolsonaro.
No Facebook, o conteúdo reunia ao menos mil compartilhamentos nesta terça-feira (26) e foi marcado com o selo DISTORCIDO na ferramenta de verificação da plataforma da “Aos Fatos”.
É distorcida a informação de que Bolsonaro gastou R$ 15,6 milhões em leite condensado em 2020. O valor, divulgado pelo portal Metrópoles no domingo (24) com base no Painel de Compras do Governo Federal, corresponde à despesa com o produto em todos os órgãos do Executivo federal, sendo a maior parte – R$ 14,2 milhões – do Ministério da Defesa. Ou seja, não se pode atribuir apenas ao presidente esse custo.
Depois da Defesa, os três maiores gastos com leite condensado vieram das pastas da Educação (R$ 1 milhão), da Justiça (R$ 327 mil) e da Saúde (R$ 61 mil).

Em nota enviada ao Metrópoles, o Ministério da Defesa afirmou que seus gastos com alimentação são maiores do que os de outros órgãos porque a pasta é responsável pela comida do efetivo das Forças Armadas que, segundo a pasta, é de cerca de 370 mil pessoas.
O Painel de Compras não traz nenhuma informação referente aos gastos alimentares da Presidência da República. De acordo com a base de dados, os R$ 14,9 milhões gastos pela instituição em 2020 são, na maioria, itens de segurança e transporte.
por Gazeta Brasil
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