foto: Reuters/Gleb Garanich |
A Rússia informou nesta segunda-feira (26) que derrubou um drone ucraniano perto de uma de suas bases aéreas para bombardeiros de longo alcance dentro de seu próprio território.
Ainda segundo as autoridades russas, três militares da força aérea do país foram mortos no incidente.
O drone supostamente estava voando perto da base aérea de Engels, na Rússia, onde estão estacionados bombardeiros estratégicos de longo alcance que podem ter sido usados para atingir cidades e infraestruturas ucranianas.
Nenhum avião foi danificado no incidente, de acordo com o Ministério da Defesa em um comunicado divulgado por agências de notícias russas.
No entanto, contas russas e ucranianas não verificadas postaram nas redes sociais que vários aviões foram destruídos. A Reuters não conseguiu verificar esses relatos de forma independente.
Um veículo aéreo não tripulado ucraniano (drone) foi abatido em baixa altitude enquanto se aproximava do aeródromo militar de Engels, na região de Saratov - pontuou o comunicado do Ministério da Defesa publicado nesta segunda-feira.
Três militares russos da equipe técnica que estavam no campo de aviação foram mortalmente feridos como resultado da queda dos destroços do drone.
Alvo de outro ataque
A base aérea, uma das duas bases estratégicas de bombardeiros que abrigam a capacidade nuclear da Rússia, está localizada perto da cidade de Saratov, cerca de 730 km a sudeste de Moscou e centenas de quilômetros das linhas de frente na Ucrânia.
Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que nunca reivindicou publicamente a responsabilidade por ataques dentro da Rússia, mas os chama de “carma” pela invasão.
A mesma base foi atacada no início deste mês por drones ucranianos, disse a Rússia na época.
A Rússia tem de 60 a 70 aviões bombardeiros estratégicos de dois tipos – o Tu-95MS Bear e o Tu-160 Blackjack.
Ambos são capazes de transportar bombas nucleares e mísseis de cruzeiro com armas nucleares, bem como munições convencionais.
Moscou usou sua força aérea para disparar mísseis de cruzeiro no que chama de “operação militar especial” para degradar o potencial militar da Ucrânia.
Kiev afirmou que tais ataques equivalem a crimes de guerra e comparou a Rússia a um Estado terrorista.
O ataque anterior, de 5 de dezembro, à mesma base, junto a outra incursão no mesmo dia em outra base, levantou questões sobre a eficácia das defesas aéreas russas e chocou os comentaristas do país.
Se a Ucrânia conseguiu atacar tão longe no território russo, também pode ser capaz de atingir Moscou, avaliaram nas redes sociais.
Mais cedo na segunda-feira, Roman Busargin, governador da região de Saratov, disse que as instalações de infraestrutura civil não foram danificadas, e que as autoridades estão investigando o incidente na base.
Não há absolutamente nenhuma ameaça para os residentes. As instalações de infraestrutura civil não foram danificadas - ressaltou Busargin.
Por Lidia KellyAndrew Osborn/Reuters
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